terça-feira, 7 de janeiro de 2020

ECONOMICS






Economics, de Paul A. Samuelson, imagem acima (McGraw-Hill, © 1976 e anteriores), foi um livro de referência no ensino de Economia, o seu autor foi Institute Professor no Massachusetts Institute of Technology
 
Esta edição foi a minha opção de compra em alternativa ao texto em "português do Brasil". Só mais tarde foi publicada uma edição portuguesa pela Fundação Gulbenkian.
 
                                               Pensamento Económico: Árvore Geneológica
 
 
                                              
                                                in: Economics, tenth edition
                                         
 
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

A Agricultura Portuguesa





A Agricultura Portuguesa, de José Carvalho Cardoso, cópia de capa acima, teve edição de Morais editores em 1973.

José Carvalho Cardoso, seu autor, era á data de 1973, engenheiro agrónomo, doutor em Agronomia, investigador na Estação Agronómica Nacional, orientador da Carta dos Solos de Portugal, agricultor no Oeste e no Alentejo, dirigente de organismos cooperativos e corporativos da Lavoura, com mais de 120 trabalhos científicos e técnicos do âmbito das ciências agrárias.

Do prefácio, datado de 15 de Abril de 1973 destacamos:
  • a referência à crise da agricultura por todo o mundo de então; países desenvolvidos de economia de mercado onde por exemplo na Europa Ocidental e no Japão um número elevadíssimo de explorações agrícolas não davam rendimentos suficientes aos seus empresários; países de economia de planeamento centralizado, os da Europa Oriental, onde havia milhões de trabalhadores agrícolas a auferir remunerações muito baixas;
  • a afirmação, contextualizada na realidade internacional, de que “(...) a agricultura portuguesa se arrasta, sem conseguir enfrentar as necessidades crescentes do consumo interno e as possibilidades de exportação, nem facultar à população que nela se mantém níveis de rendimentos aceitáveis.”
Nas 135 páginas deste livro eminentemente técnico, 55 quadros dão suporte de informação ao desenvolvimento dos temas que abrangem: o meio, a utilização do solo, as potencialidades naturais, e a agricultura na economia nacional.

Livro publicado em 1973 tem como periodo de análise a década de 1960 porém os traços principais apontados, estruturas e tendências, continuam até hoje a ser objecto de denuncia e diagnóstico.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Lendas Lafonenses - Antologia



- O livro e a sua publicação -
(cf. Ficha Técnica)

Lendas Lafonenses  (Antologia), Edição :- AVIS (Viseu); - Clube "João Ramalho" (Escola Secundária de Vouzela); e ADRL (Assoc. para o Desenvolvimento Rural de Lafões), Vouzela, 1998, 68 páginas. Apoio: ADDLAP Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva.

Com organização de Júlio Cruz; colaboração de Ana Mariana, Andreia Pinto, António Gomes Beato, Bruno Fernandes, Elisabete Silveiredo, Filipa Azevedo, Gentil Marques, José Calema, Luís Manuel Santos, Luís Miguel Teixeira, Pedro Monteiro e Sónia Batista; colaboração especial de Isabel Pinho; desenho de capa de Estrela Alcofrado.

Trata-se de uma compilação de lendas da região de Lafões, estórias com História, transmitidas ao longo de gerações , perto do calor do borralho da lareira ou à sombra do castanheiro, literatura da tradição oral; assim as apresenta o seu organizador, Júlio Cruz.

Nota: este livro está em Depósito na Biblioteca Municipal de Oeiras.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A Região de Lafões





- O livro e o seu autor -


A Região de Lafões (Subsídios Para A Sua História), Coimbra Editora, Limitada, [ISBN 972-32-0740-0], 1996, 241 páginas

Da autoria de Manuel Barros Mouro este livro tem Prefácio do Dr. Celso Cruzeiro (advogado lafonense), capa da autoria do Mestre Paulo Quintela, fotografias de Simão de Almeida (fotógrafo).

A sua publicação teve o patrocínio de: Câmara Municipal de S. Pedro do Sul; Câmara Municipal de Vouzela; Câmara Municipal de Oliveira de Frades; Associação para o desenvolvimento rural de Lafões (ADRL); Caixa Geral de Depósitos - S. Pedro do Sul; Caixa de Crédito Agrícola Mútuo - S. Pedro do Sul; Cooperativa Agropecuária de S. Pedro do Sul - CASSEPEDRO.

Compilação de artigos publicados pelo autor ao longo de 15 anos na "Tribuna de Lafões", no "Comunidade Cristã de Carvalhais", e nos "Ecos da Gravia", de Valadares, organizados como Capítulos.

O Dr. Celso Cruzeiro realça o lado pessoal do autor, que viu desenvolver-se e acompanhou no seu   desenvolvimento "(...) no premente desejo de se elevar, com o propósito sempre demonstrado, de enaltecer e prestigiar a sua terra e os valores sociais e humanos que nela foram ou nela coexistiam (...)".

Manuel Barros Mouro, Profissional da Justiça, Amador das Letras, Homem de Família a quem dedicou este livro, foi Presidente da Direcção da "Casa de Lafões em Lisboa".






domingo, 25 de novembro de 2007

Professor Doutor Aristides de Amorim Girão


A edição, a publicação, o seu conteúdo e o homenageado Professor Doutor Aristides de Amorim Girão.

A Edição

A edição desta publicação foi feita pelo Instituto de Estudos Geográficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e com o apoio da Câmara Municipal de Vouzela, e tem trinta e duas páginas, tendo sido impressa na Imprensa de Coimbra, Lda e o seu depósito legal é do ano de 2000.

A publicação

A publicação tem o discurso do professor J.M.Pereira de Oliveira, datado de 14 de maio de 2000, discurso de homenagem ao Professor Amorim Girão realizado na sequência do seu falecimento.


O homenageado : Professor Amorim Girão

Desse discurso e com a devida vénia permitimo-nos citar uns breves extractos que pretendem caracterizar o homenageado:

“(...) Nascido e criado em horizontes que tanto se finavam nas alturas das serras envolventes como se espraiavam nos remansos remodelados dos vales do Vouga e seus afluentes, cedo se apaixonou pelas suas paisagens e ardeu nele o fogo da curiosidade de conhecer outras e, sobretudo, a ânsia de saber como elas se formaram.
Foi assim que, enquanto as forças lho permitiram, calcorreou outros vales e trepou a outras serras. Mais tarde as circunstâncias fize­ram-no ir mais longe, isto é, mais fundo na preocupação teorética do que observara e registara nas suas andanças de geógrafo.
Em dois ou três dos seus cadernos de trabalho de campo que ainda existem guardados, pode ver-se como era evidente a sua curiosi­dade. Por eles podemos realmente aperceber-nos do sentido que tinha da complexidade dos factores intervenientes, dos traços mais marcan­tes, enfim, das estruturas de todas e de cada uma das paisagens que estudava.
Estudante de Ciências Históricas e Geográficas, nas quais veio a licenciar-se, também cedo se apercebeu que essas paisagens na sua variação tinham duas dimensões fundamentais, isto é, uma, física, que mais ou menos espectacularmente, era a estrutura básica do conjunto; outra humana, que na sua variedade era o retoque de marca do homem no seu longo percurso histórico.


O jovem assistente, absorveu e cultivou o seu espírito neste entendimento basilar e, naturalmente, a sua bibliografia indicia essa preocupação. Mas, mesmo assim, da sua leitura decorre a sensação de que o seu crescente interesse científico privilegiava as temáticas que permitiam conhecer exactamente os efeitos das acções humanas sobre os traços básicos dos quadros físicos dos territórios.
Este sentido marcou-lhe o pendor tomado e fez do ainda jovem Professor, um "geógrafo humano",
Alguns dos Mestres da escola francesa de Geografia do seu tempo, influenciaram-no claramente (…) .Também é possível reconhecer nos apontamentos escritos e desenhados nos seus cadernos de campo esse pendor. Ali se encon­tram notas que tanto implicam o modelado físico dos espaços obser­vados - simples esboços desenhados e sempre com um cunho mera­mente indicativo e raramente explicativo - como as impressões dos padrões resultantes das actividades humanas, estas sim, por vezes levadas a pormenores insuspeitáveis. Como exemplo curioso, numa das folhas pode ver-se o registo da diferença da altura das saias das mulheres em relação ao tipo de tarefas que executavam nos campos e às alfaias que para esse efeito utilizavam; ou as diferenças nos hábitos alimentares na sua relação com os produtos mais comuns das suas áreas, comparados com as formas introduzidas, a corroborar relações verdadeiramente ancestrais ou formas de aculturação no domínio de práticas e técnicas, etc.
Tudo isto mais tarde veio a espelhar-se - embora com criterioso tratamento e escolha - naquela que por ventura terá sido a sua mais significativa obra publicada as "Lições de Geografia Humana", na sua primeira versão, saída em fascículos.
O Doutor A. de Amorim Girão foi no verdadeiro sentido da palavra um Professor. Para ele, o seu título académico de Doutor em Geografia e a sua categoria docente de Professor Catedrático, eram sobretudo um certificado de responsabilidade de pedagogo e de inves­tigador que sobre os seus frágeis ombros recaía. (…)”

J.M.Pereira de Oliveira

sábado, 24 de novembro de 2007

Antiguidades Pre-Históricas de Lafões



A edição, o livro e o seu conteúdo. Breve referência ao autor.

A edição de Antiguidades Pre-Históricas de Lafões, com o subtítulo Contribuição para o Estudo da Arqueologia de Portugal, de Aristides de Amorim Girão, de cuja capa temos uma imagem ao lado, é uma reimpressão fac-similada, nas oficinas da Imprensa de Coimbra, Lda, promovida pelo Instituto de Estudos Geográficos da faculdade de letras da Universidade de Coimbra, e pela Vila de Vouzela, da edição de 1921 da Imprensa da Universidade, Coimbra.

O livro é constituído por um prólogo com nove páginas assinado pelo autor, e dedicado à memória de sua irmã Adélia.

Não existindo um índice, e a forma de classificação por capítulos não sendo uniforme, com uma análise mais cuidada quem abre atentamente o livre poderá verificar que ele tem:

- o Capítulo I , sob o título "O que é e o que foi a Região de Lafões", pp. 1 a 15;

- e um Capítulo II , sob o título "Antiguidades Pre-Históricas de Lafões", pp. 16 a 32.

Depois encontram-se vários estudos numerados, com título e subtítulos extensos, descritivos do seu conteúdo, que refiro abaixo:

- I - Monumentos pré-históricos da região central. - (...) ;
pp. 33 a 37;

- II - Antiguidades pré-Históricas da serra das Talhadas. - (...) ;
pp. 38 a 43;

- III - Monumentos megalíticos da serra do Caramulo. - (...) ;
pp. 44 a 55;

- IV - Antiguidades da zona oriental da região lafonense. - (...);
pp. 56 a 62;

- V - Vestígios pré-históricos do maciço montanhoso da Gralheira. - (...);
pp. 63 a 68.

 
Este livro é um estudo científico, mas de leitura acessível, bem documentado, e com diversos mapas, plantas, fotografias e desenhos de locais e objectos.

sábado, 3 de novembro de 2007

Textos em Aljamia Portuguesa

A edição, os Textos e a Aljamia.

A edição de Textos em Aljamia Portuguesa, com o subtítulo Documentos para a Historia do Dominio Português em Safim, de David Lopes, de cuja capa temos uma imagem ao lado, foi a primeira e é datada de 1897.

Este exemplar chegou á minha posse num leilão de livros que se realizou em Maio de 1982 em Lisboa, organizado por José Manuel Rodrigues, Antiga Livraria Arnaldo Henriques Oliveira (Largo do Calhariz, 14, Lisboa).

Os Textos incluem oito documentos em aljamia de diversos autores "mas versando todos sobre assumptos marroquinos, e de Marrocos escriptos por mouros ao nosso serviço; e nenhum d'elles é datado." (cf.David Lopes).

A Aljamia : [os árabes hispânicos] " (...) A toda a lingua estranha chamaram pois الهجم alajamia , donde aljamia, em contraposição à الھربیۃ [alarabia] lingua arábica;" (cf.David Lopes).

Nota: nesta citação de David Lopes, o texto entre parênteses rectos é nosso ( Zé).

Nos Textos o que encontramos é uma forma, embora não a única, do que veio a ser designado por aljamia, a escrita com caracteres árabes de outras línguas, neste caso o português.

Assim sabendo a correspondência de cada carácter árabe ao carácter do alfabeto português (se quisermos ao do abecedário), ou melhor ainda ao fonema que representa e sabendo que a leitura se faz da direita para a esquerda, então primeiro lentamente, mas depois com um pouco mais de facilidade, começa-se a conseguir ler aqueles textos efectivamente escritos em português com caracteres árabes. Claro que o texto em caracteres portugueses, que David Lopes nos apresenta em paralelo, nos facilita a compreensão e esclarece as dúvidas.

Mas é natural que o processo não seja linear nem mecânico, atendendo à diferença das línguas e à distância dos séculos que tanto muda. No entanto a preocupação do mestre não foi só publicar o resultado mas também mostrar como se chegar lá.

Assim, no Prefácio e ao longo de cerca de trinta páginas para além de uma introdução e enquadramento histórico do tema, o autor apresenta vários quadros de correspondência para o português dos caracteres árabes, e entre o alfabeto latino e árabe, assim como discute detalhadamente diversos casos particulares que se colocaram naquelas transcrições, e entre a erudição e o bom senso, propõe em cada caso aquelas que lhe parecem ser as melhores opções.